"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

terça-feira, janeiro 30, 2007


Az

desalinho os discos e os livros, os papéis e a roupa...fecho páginas, gavetas, portas. a chave dos próximos dias guardada no bolso das calças que deixei por vestir no último verão. um escrito esquecido. duas ou três linhas de silêncio. poema inacabado. vou vestir o casaco e sair para a rua. acender um cigarro e esperar que no virar de uma esquina alguém me encontre.

reparo que de tudo o que se leva de uma casa só uma coisa, e uma coisa apenas, valeria a pena não esquecer: as paredes, verdadeiras páginas de diários nunca escritos.

2 comentários:

Magnólia disse...

Estás sempre a tempo de os escrever...

sss disse...

basta quereres e uma esquina nunca estará vazia

Ontem foi:

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

Sopra-me ao ouvido: