"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

quinta-feira, novembro 30, 2006

véspera de amanhã

As tuas mãos ainda guardam a voz do velho vento a cantar nas folhas do jardim? Fecha-a. Que não te escape um silêncio sequer. Nem uma folha seca. O outono já vai longo. Trinquemos-lhe os lábios.
Se te beijo, fico. Promessa de outono. Lugar comum. E a noite cai. Aconchego os olhos à luz dos candeeiros. Entre os dedos não é um cigarro que arde. São as memórias.
Não me queixo.
Respiro.
E a lua dá meia-volta no trapézio dos sonhos.

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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