"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

sexta-feira, outubro 13, 2006


©Az

Ainda que os telhados sejam frágeis, eu vou. E se chover, tanto melhor. Há a possibilidade da queda. Escorregar pelo dorso das casas até os braços de alguma árvore me ampararem. Uma dúvida talvez: sem o teu olhar por perto onde inventar estrelas antes do anoitecer?

Quero ser um gato em passo lento pelo avesso das casas para espreitar todas as janelas antes de se lhes apagar o sol. E ainda afiar as unhas na lã dos teus cabelos ausentes.

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Ontem foi:

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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