"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

sexta-feira, setembro 29, 2006


leandro ribeiro


quem, se eu gritar, me ouvirá entre as legiões de anjos?

Manuel António Pina

quinta-feira, setembro 28, 2006

My baby shot me down



I was five and he was six
We rode on horses made of sticks
He wore black and I wore white
He would always win the fight

Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down.

Seasons came and changed the time
When I grew up, I called him mine
He would always laugh and say
"Remember when we used to play?"

Bang bang, I shot you down
Bang bang, you hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, I used to shoot you down.

Music played, and people sang
Just for me, the church bells rang.

Now he's gone, I don't know why
And till this day, sometimes I cry
He didn't even say goodbye
He didn't take the time to lie.

Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down...

quarta-feira, setembro 27, 2006

bleu




"nunca diga adeus a ninguém. adeus é para quem morre.
portanto, nunca me diga adeus.diga até logo."

foi o que me responderam hoje ao meu adeus

terça-feira, setembro 26, 2006

no more thoughts, all but thoughts


Paulo Pimenta


São maçadoras as memórias. Por isso, não devemos pensar em certas coisas, naquelas que nos interessam mais, ou melhor, devemos pensar, porque se não pensarmos nelas corremos o risco de as ir reencontrando, na nossa memória, a pouco e pouco. Ou seja, devemos pensar nelas durante uns momentos, uns bons momentos, todos os dias e várias vezes por dia, até a lama as cobrir, com uma camada intransponível. É uma ordem.

Samuel Beckett, Novelas e textos para nada

sábado, setembro 23, 2006

autumn song

aproxima-te
chega-te à luz do candeeiro das palavras
e le-me vagarosamente
como quem enrola a língua noutra língua
uma página noutra página

percebes agora a canção que me vai nos lábios?


@antonio soares

não me deixes reticências sobre a pele

sexta-feira, setembro 22, 2006

Nenhuma flor em contra-fogo



I.
Arestas de agitação profunda
como um esquecimento.

2.
O que me dói no chão[ e nas palavras]
é o latejar de uma fuga que não existe.

3.
Nenhuma flor[ou o fulgor do medo].

4.
O silêncio crepita
e a solidão do mundo é maior.


poema: Sandra Costa, Nenhuma Flor(8 poemas para 8 fotografias do incêndio em Belgais, 2004)
foto: Nelson D'Aires, Contra-fogo, vencedor do prémio Fnac Novos Talentos Fotografia,2006

quarta-feira, setembro 20, 2006

Incipit

No final das palavras há o silêncio.
Pode estender-se o braço até ao fim.



©az

A tarde curta, setembro agreste, a luz parada.


Fiama Hasse Pais Brandão

Ontem foi:

About me:

A minha foto
a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

Sopra-me ao ouvido: